sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Bocage


Soneto do epitáfio
Lá quando em mim perder a humanidade
Mas umdaqueles,que não fazem falta,
Verbi-gratia_oteólago,o peralta,
Algum duque ou marquês,ou conde,ou frade:
Não quero funeral comunidade,
Que engrole"sub venites"em voz alta;
Pingados gatarrõaes,gente de malta
Eu também vos dispenso a caridade;
Mas ferrugenta enxada idosa,
Sepulcro me cavar em ermo outreiro;
Livrai me epitáfio mão piedosa;
"Aqui dorme Bocage o putanheiro
Passou vida folgada e milagrosa;
Comeu ,bebeu fodeu sem ter dinheiro"

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